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segunda-feira, 16 de junho de 1997

Cântico de Hu Musashi

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Cântico de Hu Musashi
De: Henrique Musashi Ribeiro 


Nestas horas atoa 

Onde passo inevitável divagar amplexos e saudades

Em que me deito e escrevo

Lembro, sinto e quase posso sentir o cheiro

daquela moça que não vejo mais

Onde sua paixão me aninhava entre seus seios

Donde tirava novos versos e enfatizava sonhos

Onde me animava por escutar me chamar de algo seu...

Quando com ela são meus olhos que a encabulavam,

Mas quando ela não estava,

Estava nela o que via

que atiçavam a minha ansiedade e imaginação



Queria ir pra nossa casa - que levá-la comigo agora

Queria arrebatá-la em um segundo para minha sala

E roubar todos os beijos de tua boca

como no tempo que podia apertá-la contra o meu peito

E olhar-lhe o rosto lavado

E ver seus olhos pedirem por mais

Enquanto declarava apreciar todas as coisas

que haviam em sua escultural beleza,

Mesmo aquelas não ela não gostava,

Mas como não render-me a tal princesa?

Pois que aos meus olhos e paladar

Ele é viçosa e perfumada

- ela é a mais bela rosa



Minha amada é o coração de minha casa

Ela é a música que os céus me deram para cantar

Ela é a musica que entôo e afino no realçar de minha felicidade

Minha amada é a música elegante e sutil

Que excita suave e delicada o brotar de meus devaneios.

Os cabelos de minha senhora são como o véu

que cobre o templo de seus pensamentos mais fecundos - a poesia escondida

Os seus olhos são duas turmalinas

que enfeitam parcamente a sua face linda e branca - donde me observa quando me encontro despercebido

Sua boca são como duas almofadas

onde descanso minha vontade e canso meus lábios - e me faz suspirar

Seus braços são laços de fita

que me envolvem e me fazem esquecer tempo e espaço - o seu abraço

As suas costas são como o tronco de uma macieira,

mas que a textura é como a de um pêssego maduro apetitoso ao paladar,

neste lindo tronco me agarro e às vezes mordo,

mas por hora não subo - ainda não colherei maçãs...

Seus seios são dunas gêmeas a beira de um oásis

onde brota a água mais limpa no meio do deserto - para minha sede

E o teu ventre é este deserto de areia tão branca e fina,

que mais parece um grande tapete de veludo branco,

onde um dia me deitarei e dormirei,

E neste deserto plantarei tesouros - nossos pequeninos tesouros



Poderia falar infatigável de cada centímetro

deste teu belo templo que a cada lance de olhar me encanto

Bem sei o quão és formosa,

mas não é por isso que sou contigo.