HOMEM x VERDADE
De: Henrique Musashi Ribeiro
Em, 15 de agosto de 2004.
(O homem)
Corre-me as entranhas, espinha e cabeça
O doce e caustico sabor da Verdade
Embora corrosivo e feroz - Não morri!
Há tempos me preparava o estômago
E ensaiava o espírito
Vem Verdade ladra!
Vives a me tomar o que tenho
E, às vezes, o que não tenho
E ainda cínica me responde
Como se quisesse aviltar-me
a existência neste instante
(A Verdade)
O que te tomei?
O que tens que eu queira?
Acaso tens realmente amores,
amigos, alegrias e todo esse
plural?
Nada tirei!
Tu pensavas que tinhas...
Não te dei, mas também não
roubei,
Mas apenas trouxe a realidade
Revelei-te o piso que não vias
Agora vês o campo minado sob a
lama
E, quem sabe,
por isso
ainda não estejas vivo?
Portanto, vem e me agradece tolo
homem.
Mesmo que não sejas grato
Outras vezes conversaremos
E como de outras não vais gostar.
Mas por derradeiro te digo
em nome do que é Sagrado:
Conhece-me e eu te libertarei!