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quarta-feira, 29 de julho de 2009

CARPE DIEN À LISPECTOR


CARPE DIEN À LISPECTOR 
De: Henrique Musashi Ribeiro 

Beija-me a boca
Faze-o como eu não tivesse pedido
Diz que foi sem querer
E fingiremos juntos estarmos constrangidos
E não entesados...
Eu te pedirei desculpas
e tudo bem!

Dize-me para aparecer sozinho em tua casa
E eu fingirei procurar outro endereço
E eu tirarei, em meus pensamentos,
os teus adereços,
e outro dia tu desejaras que eu volte,
quando tu estiver só
Ou que isso ocorra em outro endereço...

Dize-me, finge ser uma artista
E que tu posas para um nu artístico
Que eu te pintarei com os meus dedos
sobre a tela de teus lençóis
e me despirei, das máscaras, junto contigo.

E dançaremos sobre este tálamo
Tu me farás feliz suar e soar
Eu te farei cantar soprano e contralto
Com a minha língua
a explorar todos os teus lábios
as tuas pétalas quatrifomes
enquanto eu me perco em ti
Tuas mãos se perdem em meus cabelos
Depois de tudo te olharei nos olhos
E deixarei, saudoso, que a tua vida siga, 
até o dia que me quiseres outra vez 

Nem que fosse uma única vez, 
mas que ficarão para sempre 
Nos melhores lugares 
de meus seis sentidos,
pois depois deste dia, 
mesmo se me tornasse cego,
perceberia tua presença,
seria capaz de destinguir o teu cheiro 
em meio a outras lindas flores,
pois nenhuma delas
se igualaria a meu doce encanto
aos seus lábios mais lindos
que os botões de rosa.

(E a partir deste dia sempre iria me lembrar de sua boca quando olhasse um botão de rosa) 

In: XXV.IV.MMIV

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