De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 21 de Outubro de 1998.
O que os teus lábios não me
falaram
falaram
As tuas mãos já me disseram
tanto
- mais do que deviam
(Mas creio que ainda não
disseram tudo)
enquanto tua boca nem som
produzia,
fizeste minha boca morder-se
em doce enlevo
enquanto passeavas e
hidratavas
os meus sonhos com o mel de
tua boca
Sim, um mel abstrato
de uma boca tal como os teus
olhos - parcos
Porém cheia de carícias
quais ofertas a minha pele
que reveste arrepiada o meu
peito,
o qual dizes, em gestos, ser
tão doce,
pois a tua língua assim me fez
pensar
em cada beijo bem vivido
por bem sentir e bem guardar tal textura
presente na tua superfície tão
opulentamente doce
Enquanto sinto a seda entre
vales e dunas
tão generosamente gostosas
as quais quase sempre me
despertam
o desejo de por sobre elas me
deitar
e quem sabe agonizar de sede
por tanto desejar beber de tua
água.
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