Sou o fogo que acende toda palha de tua vida
É até bonito ver a chama te consumir lentamente
Vendo tuas palmas cantando no meio da fogueira
Uma canção confusa
Que diz que o fogo vai durar para sempre
Queima lento,
a palha que outrora farfalhava
Ao vento forte se dobrava
como sinos de despedida
Enquanto a chuva fazia realçar o teu verde mais bonito
Sem que te lembres do iminente e impiedoso outono
És como a palha verde e úmida
Queima devagar,
Mas queima furiosamente
Apenas demora um pouco mais a se acabar
Já ciente, porém mergulhada no engano de ser eterno
o fogo que agora te consome lentamente
E depois que o meu fogo nem mais fumegar
E a tua cinza se espalhar com um novo vento de novidade
E o ciclo se repetir...
Mesmo que desta vez tu venhas a ser o fogo
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