HOMO SAPIENS
Do livro "Social Carrasco" - por, Henrique Musashi Ribeiro
Enojam-me
os papos cabeça, as frases feitas
a
conjurar as falsas sabedorias populares
que
andam de boca em boca
–
um tolo padrão despercebido
Placebos
anestésicos da canalhice moderna
onde
justificamos, tão risonhos,
as
nossas traições e promiscuidades
em
todas suas modalidades pueris
É
ainda mais seboso
quando
certas sabedorias são proferidas
pelas
bocas dos ditos bons ‘moricegos’
a
cantar suas secretas ações
- Lasque-se o próximo! Viva a omissão!
Mas,
uma vez de mãos postas e piedosas
depois
de um “Pai Nosso”
a
mão se benze e a mesma voz, agora mansa, diz:
- Tenha fé e que Deus te ajude!
Enojam-me
os que cantam e carregam
a
bandeira da amizade dos analfabetos sentimentais
- “A amizade é algo que atravessa a
alma...”
Atravessa
a alma, passando pelos bolsos,
olhando
a etiqueta da calça!
Tão
práticos e tão legais! (risos)
Seja
entre as fileiras em frente a um altar
ou
sentados, galhofando em uma mesa de bar
A
relacionarem-se tão vazios
reclamando
depois, como eu,
o
vil engano sofrido
Como
fuampas arrependidas de si mesmas
choram
tão vazios e solitários!
Choram
o oposto de sua imponência
demonstrada
anteriormente
com
o dedo competente
apontado
para a cara
de
quem lhes pôs aos pés o próprio coração
- Perdoai Senhor os bons otários!
- Perdoai Senhor as velhas meretrizes!
As
novas biraias são aparentes senhoras e moças
tão
espertas e bem relacionadas
As
novas bichas são metrossexuais?
E os franqueiros de hoje são tão
civilizados
- Viva a Lei Maria da Penha!
Desculpem,
mas não mais me misturo
- É claro! Claro? Ou seria obscuro?
Não
tenho grana pra pagar a mental fornicação
Não
consigo lidar com os neo-analfabetos emocionais,
Que
embora, em seu íntimo, falem e busquem,
mas
não aprenderam, burramente BBB,
o
que vem a ser o AMOR nem por definição.
E
agora?
- “Cala boca poeta que eu tô vendo a droga
da novela!”
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