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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Incoveniente


I N C O N V E N I E N T E
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, novembro
de 1998.

Por mais que minha boca 
se fizesse agrestiamente seca
De meu doce mel impetuoso
Cantar-te-ia o vento
e sopraria suntuoso em teus ouvidos
Pra que nunca ouvisse
a despedida seca de tuas mãos
Pois prefiro ver-me em braços arrepiados
Do que bem acomodado de canto no meu estofado

Perdoe-me, senhora minha,
o questionamento infante de logo mais
Que soou talvez imprudente da boca
do arrependido reticente
Que se converteu em teu poeta - este rapaz

Não sei o que vês agora quando sai à rua
E não vês tua calçada alta e nua
Esta testemunha silenciosa das pegadas de nossas mãos
Não entendo e nem entenderei se depois de tanto
serei apenas comum - rotineiro

Ó doce enlevo, porque é pecado?
Por que não deixas-te tranqüila
as minhas mãos flutuarem?
E agora
o resumo de nossas despedidas me assombra,
Pois que houve tempo,
que longos eram os acenos,
Mas que agora já aprendeste a me mandar-me silenciar

Ó adeus!
Pois que não és tão longo?
Deste de que fico me despedindo
até o romper da alva
Destes que a hora avança

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