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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Moça

MOÇA
De: Henrique Musashi Ribeiro – Em Março de 1998.


Moça,
tenho te olhado de longe,
Mas mesmo assim tu te escondes
Deste que está de ver-te passar
Acho que fazes de propósito
Deixando-me ver o teu rosto virar
e o teu cabelo chicoteando o vento
a espalhar o teu perfume.


Fica difícil ver-te tão certinha 
e não me encantar
Quando tu passas 
virada em curvas e cores a balançar
como em uma dança 
O meu olhar trava em ti...


És o alvo das rajadas 
de minhas olhadas discretas,
Que disparam e se escondem rapidamente 
pra que não saibas
que és a minha poesia a trepidar
Até quando te sentas por perto, inconsciente
descoordena e desotimiza
tudo que a minha cabeça tem por periférico


Como a Vênus de Milo 
estás nos jardins de meus sonhos
a bem adornar tão linda os olhos 
de quem por ti passar...
E aquele teu vestido?
O vento é teu cúmplice!
Até parece que sabes, ou melhor,
que ele te conta o momento em que vai soprar.


Só tenho a agradecer 
por fazer realçar muito do que é teu.
Moça de meus encantos,
Não sejas tão mal criada!
Do teu olhar me dá um tostão!?
Deixe-me beija a flor de tua mão!
Veja a luz da lua...
O branco em candura...
Faz desejar estar presa a tua cintura
e sentir os teus agrados quentes,
e me fazem a outras moças tão indiferente,
como se teus lábios fossem as chaves 
para as correntes de meu coração


Moça de meus encantos...
Deusa de meus antros...
Chaves de meus guetos...
Corrompidora de meus preceitos profundos.
Trouxeste a tona desejos ocultamente fecundos.
Tudo isso por causa de teus traços perfeitos,
Não que tu sejas apenas ancas, pernas e peitos,
Mas és aquela que mora teimosamente agora
em meus pensamentos indecorosamente suspeitos
de te querer egoisticamente só para mim.



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