DOR
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 19 de novembro de 2002
Dor mais doída é aquela
que de tão aguda
atrapalha ate a vida
quando o sabor do beijo passa a ser insípido
e a cor mais bela... incolor
Quando o maior sentimento vira tristeza
diz a boca, sem perceber,
pensando alto:
- É o fim do amor!?
Dor doída é a saudade sem jeito,
pois não verás aquela
quem a motivou no silêncio
a ferida que apenas sara
quando outro toma o lugar
daquela que já foi amor
amanhã esquecimento.
Dor doída
é ser transpassado com a dura realidade
é a espada da verdade que enfia e gira
na mão do carrasco,
enquanto ele diz friamente:
- Isso que viveste nunca foi amor...
É como provar parte da morte
Diz o coveiro:
- Resigna-te! Tem dignidade...
Enquanto joga uma pá de areia
sobre os teu planos e sonhos
Deitado olharás o céu
e verás o inferno e suas brasas
incendiarem o castelo que construíste,
enquanto na boca um sabor de fel.
E verás que tudo foi consumido
pois não passava de tinta e papel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário