FALSA AFRODITE
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 31 de agosto de 2004.
Mira o devoto a falsa Afrodite
O pobre pede algo simples
- possível à verdadeira entidade,
mas impostora não lhe curva um dedo,
dispensa-lhe apenas mil explicações
do porquê que não foi
o que deveria, tão simples ser,
mas não foi
porque ela não é!
O devoto não confessa a si sua descrença,
pois, se o faz, obriga-se a dizer-se tolo
por sua devoção infeliz de longa data,
mas não tardará a sua tolice reconhecer
e com seus pés esmagará as oferendas e incensos
lamentará sacrifícios e lágrimas,
pois nem a verdadeira
muito menos a falsa
lhe fora de alguma serventia
Entretanto o tolo não tardará
a prostra-se diante de outro deus
que apenas fechará o tempo
quando lhe for cobrado o que não faz
Isso será sua cabalística ofensa
de um ser magoado ou seria acuado,
mas o suficiente apenas
para convencer que é um deus de amor
a um coração carente.
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