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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

"DE CIMA DO MURO"

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DE CIMA DO MURO
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 20 de Dezembro De 1997.

De cima do muro de minha vida
Minh’alma observa perdida
a sepultura de uma camponesa
que morreu de esperar sua felicidade
qual mesma prometera voltar
Jurou que viria buscá-la
Disse tilintante de seu retorno
pela bela estrada de chão batido de sonhos.

Amar é preciso,
assim como correr o risco de em vida morrer
sufocado e de peito esmagado
do pior prêmio em dor.

Por vezes vi o brilho do punhal apontado
para as costas do inocente
a esperava calmo e contente
sua vez de virar um pobre indigente,
pois se deixou ser preso
pela corrente de ilusões tão azuis
a camuflar palavras de sangue e pus.
pois este pobre saltou para morte
quando se apartou da razão de luz.

Agora resta a cruz
de quem pensa que ama...
Logo a desculpa de que no coração ninguém manda
Ah! Essa dor tão repetida
de lições ainda não aprendidas
que o amor ficou para as almas mais sabidas
ficou para o ridículo de arma e trama
ficou para o sábio
que sabe que:
- “Coração é terra que ninguém anda!”

Ah! Essa trama
de fios de vidas entrelaçadas
Esse papel de palhaço em mais uma infame piada
de mais um coração feito em pedaços
enquanto outros se debulham em risadas...

Debaixo de minhas vestes brancas 
carrego cicatrizes e antigas feridas
de punhaladas sofridas,
só sentidas e não flagradas
não pude evitar,
pois de costas não da para ver nada
e mesmo de frente se duvida
que esteja o punhal nas mãos 
da pessoa amada e querida.

(De cima de meu muro de minha vida
me sinto mais seguro, 
pois é minha a alma e o muro.)