“O MENINO POETA E A PRINCESA MENINA” (Fragmento)
Poema pós sonho de: Henrique Musashi Ribeiro - Em, junho de 2006
Hoje, como de outras vezes, perdi o sono...
Me peguei pensando em nossa história,
humanamente prematura, porém tida intensa,
mas não concordo com tal ínfima contagem cronológica.
Em um sonho daqueles, tão real,
meu coração me disse
meu coração me disse
que este tempo não existe
E que o nosso encontro já havia se dado lá para as bandas de COLOBE
E aqui, próximo ao sol, neste 2.º plano existencial,
nesta Terra
nesta Terra
a palavra mais coerente e cabível, para falar sobre nós
é ‘REENCONTRO’.
Pois que o “véu do esquecimento” abriu uma fresta
pelo sopro atemporal do Espirito Universal
e te vi em outro lugar...
Te vi tão alva, pura ainda mais meiga em vestes brancas
e os teus olhos tinham o brilho da estrela vespertina.
Estávamos todos diante da Grande Força Criadora
que em tudo ela estava.
Tu, assim como hoje, estavas a meu lado
e estranhamente me lembro de nossa primeira despedida
quando tu, lá, me disseste:
- “ Vida, eu vou a Terra! Eu fui chamada para nascer...”
Sorri junto contigo, pois era o que todos nós naquela esfera queríamos - obedecer.
Entretanto uma suave angustia foi percebida. Sem saber o que dizer disse:
- “Vais nascer primeiro que eu?”
Tomei suavemente tuas mãos
e tu, percebendo a minha boa ânsia,
me olhaste bem dentro de meus olhos.
me olhaste bem dentro de meus olhos.
E nossos olhos esquentaram como num possível choro
em um curto silêncio:
em um curto silêncio:
- “Vida, mas eu vou te esperar. Eu vou te encontrar.
Não irei sossegar, enquanto de novo não poder estar contigo...”
Mas uma vez ficamos em silêncio...
Suspiro fundo e em teus olhos vejo a saudade.
- “Luz de meus olhos, vai em paz, mas peço que não te esqueças
de guardar o nosso caminho. Procura ser tu boa pessoa...”
Em silencio tu soltaste minhas mãos
- “Querida... Espera!? Não esquece...
Eu te amo e vou te encontrar!”
E tu pela ultima vez, naquele plano, me abraças...
Um ultimo olhar...
Sussurraste:
- “Guarda meu coração contigo...”
Era a despedida...
Era o destino...
Era sua escolha...
Era o destino...
Era sua escolha...
E tu foste sem olhar para trás.
Fiquei mudo...
Apenas senti um vislumbre
do seria a minha primeira dor.
Apenas senti um vislumbre
do seria a minha primeira dor.
E tu foste!
Deixando-me apenas a lembrança de teu sorriso
que eu comparava ao sol de nossa esfera pré-mortal
E ansioso esperei por vir cada amanhecer,
só porque me lembrava o teu sorriso
só porque me lembrava o teu sorriso
E por conta desta primeira despedida,
já nasci poeta,
pois já nasci com saudade...
Já nasci com vontade de chorar. (...)