ONTEM A NOITE
De: Henrique Musashi , em 4/4/2012
Minha mente visualizou o teu corpo tenso
Vi-me em seus olhos vestidos de neuras e melancolia
por um assunto que não mais nos pertence
Em meu coração tomei-a como se fosse fera
sedento por beber te todos os beijos
e fluidos
Nos abraçamos com sede e fome
Desci por tuas curvas
acariciando nuca e seios
na preliminar de achar o teu ventre
e colocar eu meu dedos entre e abaixo
de teu vênus
Como felina posta sobre mãos e o joelhos
ergueste os quadris
descansando a cabeça e braços no travesseiro
Me a joelhei diante do altar de tua orquídea
úmida e pulsante a convidar a minha boca
a beijos francos
onde separei pares de lábios com minha língua
de sul a norte e de norte a sul
Senti teu corpo trepidar em meu rosto
Senti a flor mais relaxada se abriu em face
dando-me o caminho do falo com a minha língua
inquieta, safada e dançante
que se umedecia com prelúdio de todos os gozos
senti o cheiro e gosto de tua flor invadida
que minha língua ia-se em suave empolgação ligeira
como se quisesse transpassar e pintar
todos kanjis com minha saliva
naqueles lindos lábios macios e rosas,
vermelhos, pulsantes, trêmulos
a besuntar minha face
com fluidos e gemidos em soprano
a dizer-me desconexo latim
Não suportando
a passos de tigre
montei, introduzi ‘o meu na tua’
que sugava-me com entusiasmo de fêmea
a engolir um pouco de mim
e absorver toda minha alma
vestida de carinho tão animal e delicias
em um tal êxtase amante
onde preenchi todos espaços
de tua flor
com um longo espasmo
em jorradas de mel de araçá
que transbordavam leitosas pétalas quatriformes
de meu amor
em tal coito que dizia,
nas entrelinhas de minha devoção,
que sua flor foi feita apenas
para seu amado amante
beija-flor.
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