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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Poema SEIS DORES



SEIS DORES - De: Henrique Musashi Ribeiro 
- Em, junho de 1999 - 

Quão triste desventura 

De sorte madrasta 

Carregar triste cruz de bem querer 

Por gostar de quem bem sabe 

A maldita arte de fazer chorar o bem querer 



E triste é o choro 

De quem chora sem consolo 

Quando pula sobre os ombros o desalento 

Como um triste arrepio, um suave vento 

Como praga em se mesmo rogada 

Como se agouro em sua cabeça 

Desse mil revoadas 



Restam quatro olhos e seis dores 

Duas dores nos dois olhos que ficam 

A olhar, rasos d'água, o amor se afastar 

Quatro dores nos dois olhos a partir 

Duas dores por ter que ir 

Mais duas mais doloridas 

Por ter feito seu bem chorar. 



Cada olho uma dor: 

a dor de quem fica 

a dor de quem vai 

e a dor de quem fica na perspectiva de quem vai, 

quem sabe, talvez, uma oitava, que seria 

a dor de quem vai no pensamento de quem fica.



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