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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Poema Sem Lirismo


S E M L I R I S M O 
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 8 de Março de 2000. 



Noite e dia são-me quase iguais; um melhor que outro 

Pois extenua-me por extasiar-me com tão pouco 

Como um peralta, amarelo infante, 

Que, na folga, das nuvens do céu faz elefantes. 



Impotente e triste é o meu querer, 

Pois gostaria verazmente de bem poder 

Escolher extasiar-me com tudo 

Ou então com nada, sem tarde me arrepender. 



Triste vive o pasmo, que ambiciona o que vê 

Tentar, como o diabo, abarcar o mundo com as pernas 

E se jogar ladeira abaixo atrás do tudo que vê pela TV 

E descobrir que nem feliz é aquele que tem o que 

sonhava ter. 



Lábios são-me secos agora 

E a língua atrevida, não ferina, de outrora 

Mas que agora branca e dura, o silenciar não demora, 

Pois o seu lirismo pediu licença e foi-se embora. 



Por tanto provar da solidão e não da candura 

Coração se fechou dentro de grosseira armadura. 

Coração que outrora fermentadamente gigante 

Hoje apenas bate resumido em olhos errantes.

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