SAIA DE PALHA
- Do Livro "Social Carrasco", por Henrique Musashi Ribeiro.
- Do Livro "Social Carrasco", por Henrique Musashi Ribeiro.
Certo
irmão índio, que dançava em uma cerimônia religiosa ao redor de uma grande
fogueira, juntamente com outros jovens guerreiros de sua aldeia, que, assim
como ele, trajados, cada um, com uma saia confeccionada com palhas secas e outros
molambos, que iam da cintura até os seus pés descalços e cinzentos.
Este
índio dançava freneticamente, sacudindo braços e pernas enquanto cantava em
coro uma melodia incompreensível. Em
dado momento de seus rodopios, movido pela curiosidade desviou sua atenção da
dança e se pôs, por um breve momento, a observar a índia, filha de seu melhor
amigo, que era uma bela jovem cheia de opulências desnudas.
Esta
linda jovem estava confabular entre risos e gritinhos com outras índias mais
jovens que não tinham tão belos corpos quanto o dela. E em seu coração o dançarino
tribal ficou curioso por saber o que ela tanto conversava com as amigas ao
tempo que “secava” a moça com seus olhares nada discretos, fantasiando um
momento intimo com aquela moça, de seios e glúteos arredondados ali, à mostra,
bem na sua frente. Chegou a imaginar que estariam falando sobre ele, de como
ele dançava bem de como era o homem mais forte e corajoso de toda tribo. Ele se
perdera em seus pensamentos, que foram longe Quando o índio deu por si, de sua
distração, a sua de palha estava pegando fogo, pois chegara muito perto da
fogueira. Então ele se queimou seriamente.
Na
vida como na dança devemos manter o foco no que estamos fazendo, em que direção
estamos indo. Existe hora pra tudo até pra sonhar acordado. Os sonhos servem de
inspiração, mas não se pode caminhar de olhos fechados imaginando o que outros
pensam ou falam sobre nós, mas isso não nos dá o direito de falar mal de ninguém.
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