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segunda-feira, 19 de julho de 2004

MONÓLOGO DA DOR DE CORNO

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MONÓLOGO DA DOR DE CORNO
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 19 de julho de 2004.

Festa malograda é a tristeza
Raízes fincadas ao encéfalo
Bulbos a sufocar o coração
Boca confusa em silêncio incomodo
Braços atrapalhados
Confusos
Entre  o arrumar e desarrumar das malas
Sentimento a dizer-me por este instante
Que um aborto mais feliz do que eu

Paradoxo estranho este que vivo
Tenho sempre três ao meu redor,
Mas me sinto só!
Feia a mentira se esgueira a minha soleira
Tento ser sensato,
Mas como sê-lo
se o bom senso foi-se
sob o cálice da mentira alheia?
Mentira a contaminar este átrio
Que camufla devaneios vagabundos...
E até eu, que pensei ser vacinado,
Esposa minha protege seu sonhado macho
E descubro, hoje, que este,
que ela queria que a comesse
não sou eu!

II

Se o Senhor me concedesse  um pedido
Pediria-lhe que me concedesse
Que tudo que vivi neste últimos anos
Foram apenas pesadelos cômicos
Que somente a doce filha me fosse o real,
Mas todo o resto um hilário devaneio
Queria que me dissesse:
- Tens ainda que casar,
tens uma filha,
mas não tens o teu eleito par.

O pesadelo é real...
Lá se está a pérfida cadela
a rir-se  de minha mala de papelão
A reduzir tudo que sou em roupas e mais nada
Prefiro a morte a ser insípido como esta
Venha a morte e me leve,
mas não me deixe aqui com esta podre Minerva

III

Morte, sê bem vinda!
Mais que a mentira
a estuprar-me os ouvidos
Morte, sê bem vinda!
Não pense que acredito
nos velhos contos de fada
apenas vejo bruxa pérfida
e o antônimo de meus sonhos
Apenas vejo o verniz sobre o podre pau de sebo

Deixe-me em paz o que é sério,
pois que me comportei
E agora me cospe a vida
E rir-se de mim segundo suas blasfêmias
irônicas e cuspidas teatrais
a dizer-me que sou culpado
O que foi que eu fiz, porre, pra merecer tudo isso?
Por favor alguém expulse este demônio de minha vida.

IV

Lampeja-me a alma em meio a solidão sufocante
Vejo troar a musica que outrora trovava
Deste tempo sinto apenas a saudade
Por que me condenaria Deus
pelo que nunca vivi, mas apenas sofri?
Não me choca a eternidade,
mas apenas procuro pelo bônus imediato e inexistente
apenas vejo de imediato - a dor

Não sei de beijos,
Não sei de carinhos,
Não sei de amor,
Não sei de abraços,
Pois tudo que é, ou seria, meu
agora é de outrem que conseguiu
em segundos
o que em anos de oração e lágrimas
não consegui,
pois ele é o seu lindo valete
E eu?
Ninguém... Marido... Contrato de papel...
O senhor dos anéis
a pastar alianças sob os cornos
tolo que nem criança

V

Por derradeiro
rogo a bala perdida que me esqueça
que ache outro otário,
pois que eu vou sobreviver e viver
Eu vou VIVER!
Mostre-me a real eleita
Mostre-me outros filhos
E outro caminho em meio aos abrolhos
Mostre-me a vida

Mostre-me o absinto pós trinta
Que eu quero pintar o muro de minha vida
com a foto de todos os meus filhos e filhas
Colados em muros brancos com cada orgasmo feliz
Serei o dono de minha cola humana
a colar na paredes da humanidade
as fotos da melhor geração
dos filhos de Deus.

VI

Rogo ao Senhor:
Que a minha paz não seja hipócrita!
Venha o galego com sua nota impiedosa
a cobra-me os juros descabidos
os quais pagarei,
desde que me dê o troco eficaz .

Assinarei recibos e promissórias de beijos vencidos
E ser ressarcido de todos os lábios beijadores
e 'ventres de sépalas'
que me é por direito monopolizar
todos os gozos que me darão prazer
e filhos sadios...

* O cupido flecha-nos a cabeça e não o coração.

terça-feira, 16 de junho de 1998

C O M I G O !

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- COMIGO - 
Monólogo de: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 16 de Junho de 1998. 



Linda mulher, 

Minha bela, 

Minha Cinderela menina 

A cada chegada tua 

O meu coração se anima, 

E minha voz se enfeita com tua graça 

E o jeito de homem, menino arrogante 

Se faz titubeante 

Diante de teu silêncio tão reflexivo, 

Mas eu gosto de ti assim mesmo, 

Pois tu não sabes de mim 

Nem de meus desejos, 

Nem o quanto penso 

Em ti com o meu coração. 



Ando tão bobo ultimamente! 

E minha caneta, 

Por culpa tua, 

Vive a me desafiar, 

Pois que eu disse a ela: 

- Por muitas noites não irás escrever! 

Mas não me deu ouvidos, 

E agora louca, 

A minha caneta se atira sobre minha mão 

Já agarrada a um papel, 

Futuro rascunho de meus sonhos e desejos, 

Mas que não são raros os dias, 

Porém preciosos o que o sentimento escreve 

Em parceria desta teimosa, 

De uma certa menina mulher. 



E apenas de teu nome ela quer se assuntar, 

Como um papagaio, 

Ela repeti e escreve 

O que ouviu meu coração sussurrar... 

(encoste a cabeça em meu peito e ouviras também...) 



Fica comigo, 

Sei o que tens, 

Sei quem tu és 

Sei o que queres... 

E mesmo assim, 

Eu te tenho botões de rosas 

Tenho canções de roda, 

Tem cachorrinhos correndo na grama 

De uma certa casinha branca 

E um jardim com o teu nome, 

Tem uma cidade de crianças 

No fundo deste quintal. 

Que além de tudo faremos paz. 



Te farei feliz 

Como em teus sonhos de princesa, 

Que sorri eloqüente em verdes bosques 

Por ser amada na certeza 

De estar amando, 

Pois assim o será. 



E muito me lembrarei de ti, 

Não apenas em certa data, 

Nem tão pouco em apenas em um grande cartão, 

Pois te farei parte do meu mundo, 

Pois já estas assombrosamente, 

Presente a cada batida veemente 

Deste meu coração tão teu. 



Minha bela, 

Me deixa te levar comigo! 

Deixa-me sentir a tua boca tão pequena, 

Molhada que serena cada segundo 

De meu doce sonhar. 



Deixa-me sentir a tua pele 

Tatuar a minha vontade 

De provar de teus lábios 

Que deste a quem não queria muito, 

Mas eu a quero, e como te quero... 



Como já sonhei tanto simplesmente 

Em segurar a tua mão pequena 

E sentir teus dedos 

Nas costas nervosas de minhas mãos 

Enquanto passeio, 

Em vida e pensamento, 

De cada momento que quero te dar o que, 

Sob este céu, 

Ainda não recebeste. 



Eu sou o teu amor, 

Teu é o meu calor, 

Em vontade de amar tão sofrida 

Nesta gostosa espera 

De estar contigo 

Na mesma esfera celestial 

Então?! 

Meu amor, 

Minha senhora, 

Meu bem... 

Vem ficar comigo! 



Parte II 
(7 de Julho de 1998)



Minha doce Senhora, 

Sob este céu que bens vês 

Que bens sabes ser o mesmo céu 

Que me vejo um feliz sonhador fecundo 

Correndo atrás de meus sonhos, 

Os quais são ou serão os teus também. 



São meus desejos mais íntimos 

Dos quais, 

Mesmo eu eloqüente 

Me faço a outros de rogado neste dissertar, 

O qual contigo me animo 

Me sinto à vontade para recitar meus sonhos. 

E deixo este mesmo vento murmurar 

Como se ele soubesse 

De meu maior poema, 

Aquele poema tão grande 

Endereçado a te, 

Que de tão grande 

Não pode passar por minha garganta 

Ou sair de minha cabeça. 



A cada descanso posso ouvir o vento 

Quase dizer teu nome 

E o meus olhos se enchem de desejo e saudade 

De momentos que hão de vir, 

Mas que agora são firmes metas e sonhos, 

Que somente o teu não pode abalar 

Tais estruturas tão reforçadas de fé 

De uma fé tão sega 

Como a de Adão no Éden, 

Pois que eu mesmo me surpreendo 

Por esta ser maior que meus medos 

E minhas reticências de amar sem medo. 

Mas que se tu permitires, 

Irei fazer-te em vida feliz sonhar, 

Pois que as minhas forças, 

Às vezes, se esvaem de pensar 

Em celeste lar de candura 

Que por ventura, 

Quero construir contigo. 

Sim, 

Pois que te levarei a casa do Senhor 

E reverente pedirei a Ele 

Em humilde oração, 

Que nos plasme em um só propósito, 

Pois que quero ser este um contigo. 



Ai de mim, 

Minha Senhora, 

Pois que me encontro perdido 

De estar feliz de pensar nestes dias 

Em que plantaremos juntos nossas árvores e livros 

E quão majestosas serão nossas flores! 

Então tu sorrirás e olharás em meus olhos 

E verás os meus olhos brilharem faiscantes 

Como talvez nunca viste antes 

Pela graça que me concedeste, 

Neste dia, 

De trazer almas a esta terra 

Sob nossa guarda e construir 

Um compacto pedaço do céu... 

O nosso lar. 



E eis teus olhos também brilharão de certeza 

Que mesmo na dureza de tua crença 

Seremos felizes na alegria e na tristeza 

Na saúde e na doença 

Certamente hão de haver espinhos, 

Mas rosas também têm, 

Mas nem por isso as odiamos, 

Mas do contrário, as ofertemos 

A princesas como tu bem és. 



Minha vida, 

Se pudesses olhar no meu coração, 

E penetrar no fundo de minha alma, 

Tu não terias medo, 

Mas estaria ansiosa 

Para morar definitivamente 

Em meu mundo, 

Aquela pequena ilha, 

Onde tu és princesa, 

Mas que logo tu serias coroada minha rainha 

Ao lado deste teu Lobo tão conseqüente 

Da certeza do que sente, 

Mas que os mal amados hão de duvidar. 



Mas bem sei 

Que certos medos 

A fazem perguntar 

Da seriedade deste doce convite 

Se é mesmo constante 

Ou então uma tenra passagem de um fogo de palha 

E tu questionas a existência de tudo que sinto 

E as tua cicatrizes te impedem de sentir 

A minha respiração tocar as tuas mãos. 

Então deixe-me soprar então em teu rosto 

E sente aquela brisa na tua face angelical 

Que só nós podemos sentir 

No memento em que nos vemos 

Um no olhar do outro, 

Pois é verdade o que vês em meus olhos, 

Se me olhares de perto 

Por certo irás te ver. 



Não tenhas medo de sonhar, 

Pois que por vezes já o tive comigo, 

Mas medo de acordar para esse mundo 

E esquecer das reais promessas de nosso Senhor 

Que me disse no precioso livro: 

"Se guardares os meus mandamentos 

prosperarás sobre esta terra..." 

E eu quero prosperar junto contigo 

Sim, contigo... 



Eis que meu cantar é sereno 

Não é apenas tinta de caneta 

Não é fato piegas ou veneta, 

Não, 

Eu estou falando de meu coração 

Sim, 

De meu coração em minha oração e jejum, 

Pois que de te falei para o Grande Pai 

E Ele sabe o quanto tenho por ti, 

Mas que eu não sei o quanto, 

Pois o que sinto por ti 

Eu não sou capaz de medir... 



Ó minha Senhora, 

Ai de mim 

Se não for capaz de conquistar-te a cada dia, 

Pois não me perdoaria 

Se de amado passar a ser um néscio 

Que triste destino teria meu coração 

Se não poder palpitar perto do teu, 

Pois que já estou contigo em ressonância 

E mesmo a distância 

Tu estás em minhas intenções. 



E agora apenas por te espero 

Que venhas a sonhar com minha poesia 

E venhas a aceitar o fato 

De que tua procura acabou, 

Pois que já achaste o teu grande amor. 

O que há entre nós não começou pela carne, 

Mas foi a maneira do Senhor. 

Tua procura acabou, 

Pois que já achaste o teu grande amor. 

Então vem comigo, minha rainha, 

Pois eis que aqui estou...