.addthis_toolbox{text-align:center;}.custom_images a{width:32px;height:32px;padding:0} .addthis_toolbox .custom_images a:hover img{opacity:1} .addthis_toolbox .custom_images a img{opacity:0.50}

sábado, 2 de agosto de 1997

DOCE MENINA

Nenhum comentário:


DOCE MENINA
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, agosto de 1997.

Doce menina
tua voz gorjeia em minha mente
como uma gralha em meio a um oco
No mesmo instante em que os meus cupins
castigam o madeiro de minha alma

Posso senti-los em sua avidez
Posso senti-los dentro de meu invólucro de esperança
na agonia de suas vidas tão curtas
quanto tem sido meus amores
a disparam tão efêmeras ao vento de novidades
como pobres almas

Meus amores?
Hodiernas almas perdidas...
Foram apenas sobras coloridas
Tudo isso odeio e desejo a tua boca
como se tu fosses o meu único alento
e esta peleja me cansa,
pois já desconfio que seja apenas
mais uma guerra de caras e bocas

E mesmo assim,
continuo a minha busca
na picada tão estreita do verde de teus olhos
tão plácidos, porém assustadores
pelo paradoxo tão perfeito de tua beleza
escondida por traz de tuas madeixas
a camuflar tuas mais secretas veleidades
de mulher.



segunda-feira, 16 de junho de 1997

Cântico de Hu Musashi

Nenhum comentário:

Cântico de Hu Musashi
De: Henrique Musashi Ribeiro 


Nestas horas atoa 

Onde passo inevitável divagar amplexos e saudades

Em que me deito e escrevo

Lembro, sinto e quase posso sentir o cheiro

daquela moça que não vejo mais

Onde sua paixão me aninhava entre seus seios

Donde tirava novos versos e enfatizava sonhos

Onde me animava por escutar me chamar de algo seu...

Quando com ela são meus olhos que a encabulavam,

Mas quando ela não estava,

Estava nela o que via

que atiçavam a minha ansiedade e imaginação



Queria ir pra nossa casa - que levá-la comigo agora

Queria arrebatá-la em um segundo para minha sala

E roubar todos os beijos de tua boca

como no tempo que podia apertá-la contra o meu peito

E olhar-lhe o rosto lavado

E ver seus olhos pedirem por mais

Enquanto declarava apreciar todas as coisas

que haviam em sua escultural beleza,

Mesmo aquelas não ela não gostava,

Mas como não render-me a tal princesa?

Pois que aos meus olhos e paladar

Ele é viçosa e perfumada

- ela é a mais bela rosa



Minha amada é o coração de minha casa

Ela é a música que os céus me deram para cantar

Ela é a musica que entôo e afino no realçar de minha felicidade

Minha amada é a música elegante e sutil

Que excita suave e delicada o brotar de meus devaneios.

Os cabelos de minha senhora são como o véu

que cobre o templo de seus pensamentos mais fecundos - a poesia escondida

Os seus olhos são duas turmalinas

que enfeitam parcamente a sua face linda e branca - donde me observa quando me encontro despercebido

Sua boca são como duas almofadas

onde descanso minha vontade e canso meus lábios - e me faz suspirar

Seus braços são laços de fita

que me envolvem e me fazem esquecer tempo e espaço - o seu abraço

As suas costas são como o tronco de uma macieira,

mas que a textura é como a de um pêssego maduro apetitoso ao paladar,

neste lindo tronco me agarro e às vezes mordo,

mas por hora não subo - ainda não colherei maçãs...

Seus seios são dunas gêmeas a beira de um oásis

onde brota a água mais limpa no meio do deserto - para minha sede

E o teu ventre é este deserto de areia tão branca e fina,

que mais parece um grande tapete de veludo branco,

onde um dia me deitarei e dormirei,

E neste deserto plantarei tesouros - nossos pequeninos tesouros



Poderia falar infatigável de cada centímetro

deste teu belo templo que a cada lance de olhar me encanto

Bem sei o quão és formosa,

mas não é por isso que sou contigo.



terça-feira, 16 de janeiro de 1996

C O M U M !

Nenhum comentário:


C O M U M ! 
De: C. Henrique Musashi Ribeiro - Em, 30 de Agosto de 1998. 


Todas as coisas são comuns 

Sempre que debaixo de nossas vistas 

Não obstante 

todos se transformam em raras pompas 

quando fora do raio de ação de nossos olhos 

ou são de nossas mãos arrebatadas 



Prefiro, como prefiro 

arriscar a tornar-me algo comum aos teus olhos, 

do que venha eu ter grande valor 

no peso e medida da saudade. 



Mas não queria ser apenas pompa ou luxo 

Entretanto queria ser tão corriqueiro 

quanto o teu deitar e levantar... 

Ser apenas o teu bom e velho amor.