À INTERNAUTA
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 26 de Março de 1998.
Se eu pudesse alcançar-te
como em meus pensamentos
E minhas mãos pudessem tocar
bem de leve em tua boca
Não seria louca esta minha nova mania
De em virtuais recados viajar
E ir tão longe
Aonde a vista não alcança
E lá mudarei a tradicional fonte,
não mais será tão "Arial"
Este nosso caractere tão seco,
Por certo escolheria
Algo mais pra "love Hawaii"
Como tu tens sido em meus pensamentos
Ver-te entrar “on-line”,
com teu nome imergindo no canto da tela
E tu ficar ou não a esperar do doce convite
E meu sangue acelera como se fosse fugir
Já não sei se sou eu ou se meu moldem
Que está em pulsos ao ver-te
Surgir em minha virtual vontade
E tomar conta deste sonho real
Deste ambiente frio e torná-lo quente.
Faz-me monologar:
- Ela, mesmo soturna, traz sol da manhã consigo,
Um calor gostoso como seu sorriso doce
Em uma amanhecer de inverno
Sendo assim não poso resistir
E não exitarei em abrir os portões
Tão bem aferrolhados de meu peito...
E lá eu a abrigaria...
Um sonho de menino
Que se encantou pelos ouvidos
Invadidos pela voz de um anjo
Igualmente lindo e eqüidistante...
Mas agora o meu coração está a sussurrar
Ele exulta em dizer da ausência de meus olhos,
Que desta vez não pôde atrapalhar
fazer julgamentos em minha cabeça
Em celestiais sonhos de brancas nuvens...
Branca?
Branca como a angelical tez desta menina?
Não sei! Nunca a vi?
Mas como pode meu coração sorrir?
Mas como não sorrir!
Sim, ele sorri ao se assuntar
Com este pseudônimo
oriundo a este plano mortal
em minha boca
Ele brada e diz:
A fé sorrir junto comigo!
Sorri com o perfeito conhecimento
Das coisas que não vejo,
mas que eu sei que são verdadeiras...
Mas assim é o coração de toda gente,
Ninguém o vê,
Mas se sabe e se sente que está a bater.