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domingo, 21 de junho de 1998

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À M A T I N A 
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 2 de Junho de 1998. 


E de repente o outro dia chegou 

Anunciado pelas trombetas de quintais 

Das gargantas do coral de seus senhores 

Ainda pouco era ontem 

O sono ainda não veio 

E nem disse se viria. 



E mais uma vez me inquieto 

Deitado sobre a bruma 

De minhas fantasias tão reais 

E cercado pela névoa de minhas dúvidas, 

Bem entendo toda esta falta de nitidez, 

Pois eu a produzi... 



Me recuso a não pensar em mim 

Me recuso a ver certos olhos 

E certa branca face linda 

Tentadora amiga 

De dias a mais que os meus 

Me recuso a sentir um coração além do meu 

Renunciando do que sinto 

Por certo fato comum 

De meu querer 

Ter se engraçado inocente 

Por um anjo comprometido amigo, 

Mas eu quero cuidar desta criatura, 

Embora me esconda. 



Na verdade me escondo por medo, 

Pois o raro que quero 

Saiba e finja não saber de mim 

E quem sabe deva ou possa não me querer 

Na mesma moeda em que pago 

Por minha renuncia.

terça-feira, 16 de junho de 1998

C O M I G O !

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- COMIGO - 
Monólogo de: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 16 de Junho de 1998. 



Linda mulher, 

Minha bela, 

Minha Cinderela menina 

A cada chegada tua 

O meu coração se anima, 

E minha voz se enfeita com tua graça 

E o jeito de homem, menino arrogante 

Se faz titubeante 

Diante de teu silêncio tão reflexivo, 

Mas eu gosto de ti assim mesmo, 

Pois tu não sabes de mim 

Nem de meus desejos, 

Nem o quanto penso 

Em ti com o meu coração. 



Ando tão bobo ultimamente! 

E minha caneta, 

Por culpa tua, 

Vive a me desafiar, 

Pois que eu disse a ela: 

- Por muitas noites não irás escrever! 

Mas não me deu ouvidos, 

E agora louca, 

A minha caneta se atira sobre minha mão 

Já agarrada a um papel, 

Futuro rascunho de meus sonhos e desejos, 

Mas que não são raros os dias, 

Porém preciosos o que o sentimento escreve 

Em parceria desta teimosa, 

De uma certa menina mulher. 



E apenas de teu nome ela quer se assuntar, 

Como um papagaio, 

Ela repeti e escreve 

O que ouviu meu coração sussurrar... 

(encoste a cabeça em meu peito e ouviras também...) 



Fica comigo, 

Sei o que tens, 

Sei quem tu és 

Sei o que queres... 

E mesmo assim, 

Eu te tenho botões de rosas 

Tenho canções de roda, 

Tem cachorrinhos correndo na grama 

De uma certa casinha branca 

E um jardim com o teu nome, 

Tem uma cidade de crianças 

No fundo deste quintal. 

Que além de tudo faremos paz. 



Te farei feliz 

Como em teus sonhos de princesa, 

Que sorri eloqüente em verdes bosques 

Por ser amada na certeza 

De estar amando, 

Pois assim o será. 



E muito me lembrarei de ti, 

Não apenas em certa data, 

Nem tão pouco em apenas em um grande cartão, 

Pois te farei parte do meu mundo, 

Pois já estas assombrosamente, 

Presente a cada batida veemente 

Deste meu coração tão teu. 



Minha bela, 

Me deixa te levar comigo! 

Deixa-me sentir a tua boca tão pequena, 

Molhada que serena cada segundo 

De meu doce sonhar. 



Deixa-me sentir a tua pele 

Tatuar a minha vontade 

De provar de teus lábios 

Que deste a quem não queria muito, 

Mas eu a quero, e como te quero... 



Como já sonhei tanto simplesmente 

Em segurar a tua mão pequena 

E sentir teus dedos 

Nas costas nervosas de minhas mãos 

Enquanto passeio, 

Em vida e pensamento, 

De cada momento que quero te dar o que, 

Sob este céu, 

Ainda não recebeste. 



Eu sou o teu amor, 

Teu é o meu calor, 

Em vontade de amar tão sofrida 

Nesta gostosa espera 

De estar contigo 

Na mesma esfera celestial 

Então?! 

Meu amor, 

Minha senhora, 

Meu bem... 

Vem ficar comigo! 



Parte II 
(7 de Julho de 1998)



Minha doce Senhora, 

Sob este céu que bens vês 

Que bens sabes ser o mesmo céu 

Que me vejo um feliz sonhador fecundo 

Correndo atrás de meus sonhos, 

Os quais são ou serão os teus também. 



São meus desejos mais íntimos 

Dos quais, 

Mesmo eu eloqüente 

Me faço a outros de rogado neste dissertar, 

O qual contigo me animo 

Me sinto à vontade para recitar meus sonhos. 

E deixo este mesmo vento murmurar 

Como se ele soubesse 

De meu maior poema, 

Aquele poema tão grande 

Endereçado a te, 

Que de tão grande 

Não pode passar por minha garganta 

Ou sair de minha cabeça. 



A cada descanso posso ouvir o vento 

Quase dizer teu nome 

E o meus olhos se enchem de desejo e saudade 

De momentos que hão de vir, 

Mas que agora são firmes metas e sonhos, 

Que somente o teu não pode abalar 

Tais estruturas tão reforçadas de fé 

De uma fé tão sega 

Como a de Adão no Éden, 

Pois que eu mesmo me surpreendo 

Por esta ser maior que meus medos 

E minhas reticências de amar sem medo. 

Mas que se tu permitires, 

Irei fazer-te em vida feliz sonhar, 

Pois que as minhas forças, 

Às vezes, se esvaem de pensar 

Em celeste lar de candura 

Que por ventura, 

Quero construir contigo. 

Sim, 

Pois que te levarei a casa do Senhor 

E reverente pedirei a Ele 

Em humilde oração, 

Que nos plasme em um só propósito, 

Pois que quero ser este um contigo. 



Ai de mim, 

Minha Senhora, 

Pois que me encontro perdido 

De estar feliz de pensar nestes dias 

Em que plantaremos juntos nossas árvores e livros 

E quão majestosas serão nossas flores! 

Então tu sorrirás e olharás em meus olhos 

E verás os meus olhos brilharem faiscantes 

Como talvez nunca viste antes 

Pela graça que me concedeste, 

Neste dia, 

De trazer almas a esta terra 

Sob nossa guarda e construir 

Um compacto pedaço do céu... 

O nosso lar. 



E eis teus olhos também brilharão de certeza 

Que mesmo na dureza de tua crença 

Seremos felizes na alegria e na tristeza 

Na saúde e na doença 

Certamente hão de haver espinhos, 

Mas rosas também têm, 

Mas nem por isso as odiamos, 

Mas do contrário, as ofertemos 

A princesas como tu bem és. 



Minha vida, 

Se pudesses olhar no meu coração, 

E penetrar no fundo de minha alma, 

Tu não terias medo, 

Mas estaria ansiosa 

Para morar definitivamente 

Em meu mundo, 

Aquela pequena ilha, 

Onde tu és princesa, 

Mas que logo tu serias coroada minha rainha 

Ao lado deste teu Lobo tão conseqüente 

Da certeza do que sente, 

Mas que os mal amados hão de duvidar. 



Mas bem sei 

Que certos medos 

A fazem perguntar 

Da seriedade deste doce convite 

Se é mesmo constante 

Ou então uma tenra passagem de um fogo de palha 

E tu questionas a existência de tudo que sinto 

E as tua cicatrizes te impedem de sentir 

A minha respiração tocar as tuas mãos. 

Então deixe-me soprar então em teu rosto 

E sente aquela brisa na tua face angelical 

Que só nós podemos sentir 

No memento em que nos vemos 

Um no olhar do outro, 

Pois é verdade o que vês em meus olhos, 

Se me olhares de perto 

Por certo irás te ver. 



Não tenhas medo de sonhar, 

Pois que por vezes já o tive comigo, 

Mas medo de acordar para esse mundo 

E esquecer das reais promessas de nosso Senhor 

Que me disse no precioso livro: 

"Se guardares os meus mandamentos 

prosperarás sobre esta terra..." 

E eu quero prosperar junto contigo 

Sim, contigo... 



Eis que meu cantar é sereno 

Não é apenas tinta de caneta 

Não é fato piegas ou veneta, 

Não, 

Eu estou falando de meu coração 

Sim, 

De meu coração em minha oração e jejum, 

Pois que de te falei para o Grande Pai 

E Ele sabe o quanto tenho por ti, 

Mas que eu não sei o quanto, 

Pois o que sinto por ti 

Eu não sou capaz de medir... 



Ó minha Senhora, 

Ai de mim 

Se não for capaz de conquistar-te a cada dia, 

Pois não me perdoaria 

Se de amado passar a ser um néscio 

Que triste destino teria meu coração 

Se não poder palpitar perto do teu, 

Pois que já estou contigo em ressonância 

E mesmo a distância 

Tu estás em minhas intenções. 



E agora apenas por te espero 

Que venhas a sonhar com minha poesia 

E venhas a aceitar o fato 

De que tua procura acabou, 

Pois que já achaste o teu grande amor. 

O que há entre nós não começou pela carne, 

Mas foi a maneira do Senhor. 

Tua procura acabou, 

Pois que já achaste o teu grande amor. 

Então vem comigo, minha rainha, 

Pois eis que aqui estou...

quarta-feira, 22 de abril de 1998

D I V A G A Ç Õ E S - I I

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DIVAGAÇÕES II 
De: Henrique Musashi Ribeiro,  Em, 22 de Abril de 1998 


Às vezes acredito 

Que não fui feito para me acompanhar de um amor, 

Talvez não saiba sentir 

O que os amantes vêem nos olhos uns dos outros... 

Penso eu, 

Que esta dormência, 

Seja apenas conseqüência dos açoites da "Senhora Vida". 



Fico a badalar comigo sozinho 

Que tudo que vivi não passou de uma grande febre. 

Será, meu Pai Eterno, 

que apenas delirei em meio a um calor malvadamente febril? 

Será? 

Apenas queimei meu filme 

e incinerei distraído parte de meus planos? 



“Às vezes, só às vezes”, 

Como diria uma certa princesinha, 

Subestimo a minha existência... 

Me pergunto se o que sinto realmente existe 

E se algo de bom que plantei retornará pra mim. 



O que dizer então de toda esta saudade? 

O que senti de bom não foi felicidade? 

É verdade que não estou vendo meu amor 

Bem como não estou vendo o meu coração, 

Mas escuto o pulsar distante. 



Estou amando em flor! 

Sem sentir seu cheiro 

E nem a nervura de suas pétalas orvalhadas no meu rosto, 

Mesmo distante o vaso desta está guardado! 

Ah! Estas horas destas minhas manhãs que não passam 

E esta flor, mesmo distante, 

Bem assombra minha cabeça me dizendo para buscá-la... 

Bem sei que não sossegarei em felicidade 

Se não for buscá-la pra mim 



Neste dia sorriria para o vento, 

Cataria para o tempo toda e qualquer canção. 

E falaria a todos de certa flor 

Que está plantada a sombra de meu coração.