OLHOS BRILHANTES
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, março de 2002.
Os olhos que já eram brilhantes
A lágrima tolhida fê-los rutilantes
Quando ao meu redor, sinto o pavor
Do enamorado pai primata
Como se a tristeza vista em meus olhos
Fosse ainda mais exata
E foi-se lá, mais uma vez,
Os meus brios geniais e estardalhaço...
Água dos olhos ao chão
Pingos como do peito,
Ego,
Estilhaço.
Tez pálida...
Ausência de todo alívio...
E tudo que consigo sentir de intenso
é o vazio, um vento frio
um rosto sem sorriso.