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segunda-feira, 30 de julho de 2012

SONHO DE UM BUSHI

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SONHO DE UM BUSHI 
De: Henrique Musashi Ribeiro


No meio de minhas brumas


Saia um som de estalar de cascos


Que vinham em minha direção


Rasgando o silêncio


De minha madrugada fria


Banhada apenas com um luar tão cheio


Enquanto eu sentado no batente de minha casa


À luz de um lampião


Que tinha por companheiro e ouvinte.






Então ao longe vi um coche emergir


Da neblina entre o ‘torii’


Puxado por quatro cavalos brancos


Imponentes com suas crinas longas


De uma brancura reluzente e cascos brilhantes


Como o bronze bem polido


Que vinham marchando lento e elegante


Até que pararam a minha porta.






O cocheiro desceu,


Tão mais bem trajado que eu,


Abriu a porta do coche


E tu desceste suave e deslumbrante


Apoiada na mão do cocheiro


Com o teu vestido pesado,


Mas estavas tão linda


Que eu quis ser eu o teu serviçal,


Pois assim teria o perfeito pretexto


De segurar a tuas mãos tão delicadas.






O vento soprava frio, não muito forte


Nesta madrugada,


Em que as folhas caiam vermelhas e amarelas


Nas cores de minha estação


Enquanto o teu cheiro flutuava no sereno


E os cavalos pareciam perceber


O meu recatado desespero e ansiedade


Por conta de um possível depois


Que passou em uma certa safada fagulha


De meus pensamentos.






Olhei em teus olhos,


Depois de me curvar em gentileza,


Segurei com força o meu obi


onde repolsava minha katana,


E pensei profundamente no que vi:


Ela é tão alva e doce


Eu tão um meio cinolusitano.


Ela tão suave


Eu tão confuso e despenteado...






O que fazer agora?


Beijo as mãos desta flor?


Ou olho faminto e insolente


Cada detalhe abundante de sua pessoa?


Tuas mãos,


Teus ombros meio nus,


Teu busto em um generoso decote


Tua boca pequena


Que aguçam o meu desejo


De te ouvir me convidar baixinho


Ao pé de meus ouvidos... sussurros!


Teus olhos parcos


Que conseguem atravessar a dura aparência


Até chegar a minha alma


E assim explorar cada parte de ti - docemente.






Meu coração batia mais rápido


A proporção suave


Em que vinhas te aproximando.


E o sorriso que era tão meu,


Não raiou em meu rosto,


Apenas tenso olhei cada palmo de ti,


Até que ficaste tão perto


Que tua face era tudo o que eu podia ver


Ao ponto de me ver refletido em teus olhos


E sentir a calor de tua expiração tão insinuante.






Colocaste minhas mãos


Em teus quadris macios,


E deitaste tuas mãos


Sobre meus ombros.


De maneira tão audaciosa,


Massageaste o meu ego e meus trapézios.


Passeaste na fraqueza


Entre minha nuca e orelhas


E me disseste baixinho,


Quase como um sussurro de uma gostosa dor:


- Beija-me devagar...


Por favor, me beija!


Com todos os beijos de tua boca!






Na verdade,


Tu sabias que era um sonho,


O meu sonho,


Mas o melhor de tudo,


É que nele tu pediste


Para que eu não acordasse,


Pois neste plano real,


Eu não poderia, logo, ser contigo,


Mas apenas como hoje,


On-line


Terei que me contentar


Com teu sorriso


Enquanto compartilhamos do que escrevo ,


De minha virtual companhia,


Da vomatade de estar ao teu lado...






Agarro-me a uma esperança


De que tu venhas notar


O quão sou para ti


nem que seja por um casualidade


O quão somos desejosos do mesmo fim


O quão te gostaria por minha leide,


Mesmo sendo eu apenas um “bushi”,


O teu “bushi”


Que até bem pouco era eu um Kōhai insolente .






Quero levar-te comigo em meu cavalo,


Mas quero levar-te de verdade,


Não por complemento destas linhas,


Mas por te querer por perto


Nestes meus dias de sol e de chuva


Sem o fantasma do adeus,


Pois desde que o reflexo de teus cabelos


Passaram diante de minha vida,


Os meus olhos pedem bis


E querem-te ver passando sempre.






E oro para que numa destas passagens


Os teus doces olhos vejam os meus


E tu ouças o que cantam


Os meus sinceros tristes olhos


À procura dos teus


Que escravizaram o meu paladar


Com tua jovialidade tão comum.


Mas se é tão comum esta tua juventude,


Como fazes meu olhar dizer?


"Vem e fica um pouco mais..."


Então não é tão comum


Assim como disserto.






Na verdade,


Comum é o meu dissertar,


Mas se tu o ouvisses


E ficasses um pouco mais,


Eu iria mais além de olhares...


E por certo provaria do néctar


De suaves carícias de lábios


Que se procuram enquanto confessam


À avidez do primeiro encontro






E por certo não mais seria igual


Os meus dias de tristes flores,


Nem tão pouco seria tão comum


O meu próximo dissertar,


Pois teria os teus cabelos para enfeitar


E completar a serenidade


Dos botões de rosas que te aguardam.






As minhas amigas abarrotam


A minha correspondência


Tão nada a ouvir,


Pois o que quero está em teu poder,


Mas que poderia indevidamente me apropriar,


Mas prefiro espontaneamente,


Que tu mesma me entregues estas chaves


E assim eu poderia beber de teus lábios


A tua música que darás por agrado a ti.






É bem verdade que,


Como todas rosas,


As minhas flores têm espinhos,


Mas os meus dias seriam


De uma única e diária conquista,


De agradar-te e prender-te a mim


Com teu consentimento feliz,


Não por ser eu um conquistador,


Ó doce mulher,


Mas por querer agraciar-te


Com minha boa, humilde


E gostosa devoção


De que tu poderias me chamar um dia


E sempre


De algo que saberias com certeza


Que eu seria somente teu.


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