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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Poema SEIS DORES

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SEIS DORES - De: Henrique Musashi Ribeiro 
- Em, junho de 1999 - 

Quão triste desventura 

De sorte madrasta 

Carregar triste cruz de bem querer 

Por gostar de quem bem sabe 

A maldita arte de fazer chorar o bem querer 



E triste é o choro 

De quem chora sem consolo 

Quando pula sobre os ombros o desalento 

Como um triste arrepio, um suave vento 

Como praga em se mesmo rogada 

Como se agouro em sua cabeça 

Desse mil revoadas 



Restam quatro olhos e seis dores 

Duas dores nos dois olhos que ficam 

A olhar, rasos d'água, o amor se afastar 

Quatro dores nos dois olhos a partir 

Duas dores por ter que ir 

Mais duas mais doloridas 

Por ter feito seu bem chorar. 



Cada olho uma dor: 

a dor de quem fica 

a dor de quem vai 

e a dor de quem fica na perspectiva de quem vai, 

quem sabe, talvez, uma oitava, que seria 

a dor de quem vai no pensamento de quem fica.



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Poema Tabasco e Lavanda

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Tabasco e lavanda
De: Henrique Musashi

Sempre lembrarei de minhas flores
em cada canto coincidente
um fragrância, uma cor
um toque de celular que me fazia rir
e hoje me faz tão triste
em cada mesa que eu servir e elas não estarão lá.

Não ouvirei mais chorinhos do bebê amado
não a  ouvirei a risada soluçada
nem mãos atrapalhadas
as atitudes zangadas
e nem o gato bobo na janela

Agora resta um silêncio em meu sorriso
a lembrança dar cor dos olhos delas
e uma dor tão magoada
patrona de meus pesadelos
o vento frio no rosto 
e a chuva que persiste em meus olhos

Não mandarei recados
não darei notícias
pois eu sei que minha vida não mais interessa
 a não ser a mim mesmo

Ficarei bem longe
não perguntarei por ninguém
saberei que estarão bem agora 
longe de mim
do meu canto não magoou 
e com o tempo serei esquecimento
enquanto  elas sempre serão a lembrança dentro de mim

Pensando nelas rezarei meus mantras
em silêncio
e lamentarei por muito tempo
o quanto fui o devoto que virou da bota o excremento
e assim caminharei como o monge
em todo meu tomento
carregando um chaga vazia em meu pensamento

Agora nada importa se não existe regresso
serei apenas conhecido um dia
como o mal  sucedido ateu
mas agora nada importa ao ser vazio
pois tudo de melhor de mim foi consumido
na hora que senti o mais agudo
adeus!

Não existiu perdão, não existiu milagre
não existiu a fé no tempo
que eu aguardaria o tempo que fosse
onde o sofrimento fortalesse o caráter
onde beijos passaram a fazer falta e parte do meus planos
onde tudo seria melhor, se existisse amor... Se existisse!

Mas o normal na guerra são corações quebrados e orgulho inteiro 
E todas essa humana ridícula besteira de agradar o lado mais forte
que machuca neste mundo teatro seus atores
imperfeitos brincando de ter razão...
e mais uma vez sagrou o meu coração
Somos todos atores
Eu sou apenas aquele que faz o papel de adubo e areia,
mas não importa onde eu esteja ou como esteja
vocês sempre serão minhas flores.

- A mais irônica verdade, posso dizer agora, mesmo sem volta,
sempre amei, mesmo na dor... Minhas flores!